O homem que está na maca do SAMU é um policial militar. Passou dois meses e 11 dias internado em um hospital de urgência, após sair ferido numa “empreitada da vida” que informaremos abaixo.
A foto mostra o cabo da PM sendo transferido para o Hospital Militar do estado onde mora e, na próxima quarta-feira (3), estará em sua casa, se Deus assim permitir.
De acordo com os médicos que cuidaram do PM, a lesão que ele sofreu foi muito grave. Mas após esse período de tratamentos, o cabo já está falando e entendendo o que as pessoas lhe dizem. “E pode até começar a andar depois das sessões de fisioterapia”, avaliam os médicos.
A casa do PM está sendo ‘preparada’ para sua chegada, já que o profissional da segurança pública passará um bom tempo se locomovendo em cadeira de rodas. Sua família não esconde a emoção só de pensar que o militar estará de volta nos próximos dias.
O caso
Cabo/PM Jailton Batista Pereira, 41 anos, foi atingido por um tiro na cabeça no dia 18 de agosto de 2010, quando dirigia para o desembargador Luis Mendonça, presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TER) do Estado de Sergipe.
Em que pese a autoridade jurídica ter sofrido apenas ferimentos leves no crime, o caso repercutiu em todo o país devido ao “grave atentado contra a democracia”. Houve até quem declarasse “
graças a Deus que tudo saiu bem”, já que o desembargador não derramou uma gota de sangue, mostrando que a vida do policial naquele instante não valia nada mesmo.
Passado o susto [para o presidente do TRE, claro], pouco se soube do que restou daquele atentado. Não fosse a associação de militares daquele Estado, que sempre informa o quadro médico do policial, os 70 dias deitado numa maca de hospital seriam apenas uma “tragédia comum e normal” aos brasileiros.
E se fosse o desembargador?...